Move o esqueleto, levanta o ânimo.


Os gregos e romanos tinham intuído muito antes que nós que a mente sa é o subproduto de um corpo são, porém não tinham podido demonstrá-lo. Hoje , afortunadamente, contamos com numerosas provas experimentais que nos convenceram de que o cuidado da saúde física produz uma melhor saúde mental. As horas passadas no ginásio não só desenvolvem músculos, também a memória; um cuidado diário da alimentação- o outro suporte da saúde- melhora o ânimo e a capacidade cognitiva.



Lembro muito bem meus primeiros balbucios na universidade, donde os interessados nas distintas asignaturas- como se chamavam então- dávamos por fato que as pessoas fortes tinham uma inteligência inferior à media; os frágeis , e sem sinais de músculos e de saúde física eram, por outro lado, mais inteligentes. Experimentos muito específicos efetuados recentemente tendem a demonstrar o contrário. Em média, os feios e decrépitos são mais tontos que os bonitos e estudiosos.



Em todos os casos estamos descobrindo, atônitos, que os exercícios físicos e o cuidado da alimentação- os suportes básicos da saúde física- tem uma repercussão na saúde mental. O que sugere as provas efetuadas em diferentes laboratórios é que a memória e a capacidade cognitiva melhoram com os suportes da saúde física. O que todavia não sabemos é que tipo de esporte é o mais adequado para melhorar o ânimo, a memória e o grau de entendimento. Tampouco estamos seguros de quanto tempo se deve dedicar a estes cuidados. Com toda probabilidade será melhor sobrar que faltar.
Rocky Punset from Moto Ajato on Vimeo.



Como funciona este mecanismo extraordinário? O exercício físico envia, através da corrente sanguínea , produtos químicos como a proteína IGF1 ao cérebro. A proteína em questão se converte ali em um espécie de gendarme que começa a ditar as instruções para que o organismo aumente a produção de FNDC( fatores neurotróficos derivados do cérebro), que alimenta os processos responsáveis de um pensamento mais sofisticado. Se tem comprovado em ratos e intuímos que acontece algo parecido nos seres humanos.


Desde então aconselho a minhas netas que não me contem se estão deprimidas sem saber o que lês passa com a proteína IGF1 e o FNDC porque seu problema pode ser muito fácil de solução. Agora já sabemos que, si bloqueamos o crescimento do FNDC, interrompemos a aprendizagem e prejudicamos a memória.


O mais assombroso de este novo cenário é constatar o impacto positivo da saúde física, ou mais bem da cimentação dos pilares sobre o qual se assenta a saúde física, em enfermidades como o alzheimer, a dislexia ou a depressão. Nos roedores se tem visto que apartir de um momento dado seu cérebro começa a acumular uma proteína chamada beta-amiloide; nas pessoas com queixas de Alzheimer, esta proteína é formada por espessas placas , que são um sinal inconfundível da enfermidade.

Somos conscientes agora da correlação existente entre exercício físico e as correspondentes vantagens neuroprotetoras, todavia não sabemos o mecanismo exato para poder inibir os efeitos traumáticos e ativar os curativos.


A isso unimos o impacto do cuidado na alimentação- a necessidade imperiosa de ácidos graxos do tipo Omega 3 para o bom funcionamento cerebral- . A falta de ácidos graxos, por exemplo, se associa a enfermidades tais como a dislexia, depressão, desordem bipolar, demência e esquizofrenia. É certo que depois de muitos esforços muita gente se convenceu de que os exercícios físicos e o cuidado da alimentação eram transcendentais para preservar a saúde física. Nos custará outro tanto convencer-los agora de que está em jogo a saúde mental?

Fonte: blog Eduard Punset (divulgador cientifico)

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