Escrever na Areia

Não tenho a intenção de que este post sirva de pesquisa acadêmica... é apenas um registro para que essa experiência vivida não acabe no esquecimento


Tive o desejo de escrever sobre isso, pela experiência que tive com meu Milin.

Essa foi uma das experiências mais bonitas e criativas pela qual eu passei. Deixo aqui tudo explicadinho...

Por que areia?
Uma vez aprendido a ler com o método fônico multisenssorial, ( método das boquinhas), faltava a escrita.

Desde que comecei a trbalhar com meu filho vi que respondia com muita facilidade ao uso de material concreto .....  Vi uma vez em um  vídeo no blog de Eduard Punset que mostrava uma imagem (está entre o minuto 22 e 23)“Aprendendo a ser padres”. Se vocês tiverem paciência verão a imagem no vídeo... busquei e busquei en internet e o único que tinha era a imagem do j escrito e em algum lugar a A. Também tinha visto uma cena no filme Taare zameen par .

Também vi em algum lugar não me pergunte donde porque ando muito,rss ,que escrever na areia , açúcar, farinha etc... fazem que a letra deixe de ser abstrato na cabecinha deles e lhes dá um sentido real. Aprendi que a palavra mágica é MULTISENSSORIAL.

A explicação de Paz Corte.

Paz corte é a única doutora foniatra do Hospital de Cabueñes, donde meu filho é atendido, ela teve a amabilidade de explicar-me que a letra invertida é uma questão de lateralidade, orientação espacial ( não distingue entre arriba e abaixo, direita e esquerda etc, portanto não diferencia um d de uma b). Cheguei à conclusão de que não é o mesmo que síndrome de Irlen.

arriba, abaixo

Interessante que no método fônico saímos primeiro da unidade mais pequena o som... dai observando as letras me dei conta de que não são apenas desenhos... são linhas curvas e retas. As letras já conhecíamos faltava ter psicomotricidade para plasmá-las no papel.

Partindo daí e da minha observação de que as letras são linhas curvas e retas começamos a trabalhar. Linhas arriba e abaixo, colocar o dedo arriba e baixar, expliquei que a direita ( a mao  que usa para escrever, a que agarra o lápis).



curvas da direita pra isquerda e vice-versa



outra meia-lua, direita esquerda e vice-versa

Voltando às letras começamos com traços simples para baixo, horizontal, obliquas... e as linhas curvas a quem batizamos carinhosamente de meia- lua.
Aprendemos fazer curvas. Outra coisa importantíssima , terminar bem a letra para que enlaçar com a seguinte fosse mais simples.


Com os números passa o mesmo são apenas linhas retas e curvas. À medida que foram aparecendo os resultados fomos ganhando mais confiança.



Logo partimos do que já sabíamos para as coisas novas. de um zero mais uma linha reta para baixo tenho a .

um zero com uma reta pra baixo grande um 9 e se cruzamos um g minúsculo... acabamos por encontrar em todas as letras denominadores comuns.Enfim que teve delas que nos resultaram muito difíceis como o s minúsculo então eu fazia uma parte e ele completava. O meu susto é que as linhas sempre eram o mesmo... meia lua abaixo , esquerda direita arriba e abaixo.

Da q sai uma g

Quando passamos outra vez ao papel... surpresa ,surpresa!... cobria os pontinhos à perfeição! quase de olhos fechados e copiava as palavras debaixo uma da outra relativamente rápido.



uma linha obliqua e uma linha para baixo.



linha obliqua, reta para baixo uma curva para a izquerda e obliqua.



Mais fotos, mais idéias

Resultados:

Também fizemos meias-luas de lado.Estou super contente pelo resultado que estamos tendo, fruto de muito esfoço e dedicaçao... conseguimos o que outros levam anos e não podem.

Em 20/07/2011 encontrei esse post falando sobre o assunto